quinta-feira, 14 de maio de 2009

Como usar a 'TPM' a nosso favor

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Na sabedoria, aprenda a converter o mal em bem

Todo o mundo diz: "TPM [sigla de Tensão Pré-menstrual] é coisa de mulher..." em tom pejorativo.

Talvez você, assim como eu, já esteja cansado de ouvir falar do tormento que é a TPM na vida de uma mulher.

Eu não só estou cansada como resolvi mudar o foco dessa história. Afinal de contas, na Bíblia (cf. Gênesis 50,20) aprendemos que é possível tirar um bem maior daquilo que nos acontece. Nós mulheres precisamos tirar o melhor desse período e não simplesmente ficar escravas daquilo que ele nos oferece de negativo.

Já há algum tempo tenho procurado usá-la a meu favor. E você? Já pensou nisso?

Mas para que isso se efetive é preciso perceber que nesses dias "tenebrosos" várias coisas mudam em nós, por exemplo: nosso jeito de reagir frente aos acontecimentos, nossa maneira de olhar as coisas, algumas facetas do nosso temperamento ficam mais aguçadas, outras menos, tudo parece errado ou negativo. Então, pergunte a si mesma: “Como eu fico na TPM?”

Escreva em uma folha de papel o jeito que você fica. Vou citar alguns exemplos: ficamos "queixo duro" ou "pavio curto"; falamos pouco, mas “detonamos”; pensamos rápido e somos pouco misericordiosas; ou totalmente desprendidas; para algumas situações ficamos sensíveis, para outras, o oposto; práticas, se deixarem jogamos tudo fora; nos irritamos facilmente com as coisas e até mesmo com as pessoas.

Escreva tudo o que você se lembrar de suas reações nesse período, uma coisa em cada linha.... E aí vem o segredo: Reze e peça a Deus que lhe dê condições de perceber e usá-las [reações] a seu favor e em favor daqueles que convivem com você. Entregue tudo ao Senhor como se faz em uma confissão e peça a Ele que a ajude a abrandar e a vencer o que é por demais negativo, a conter as reações desproporcionadas dando-lhe sabedoria para converter o mal em bem.

Diante de cada uma das reações escreva o que se pode tirar de positivo dessa questão à luz do Espírito Santo e o que precisa ser evitado. Por exemplo: Se nesse tempo ficamos "queixo duro" ou de "pavio curto" devemos afastar desses dias todas as situações explosivas. Veja as que podem ser adiadas, evitadas ou mesmo resolvidas fora dessa temporada. Todas as situações e pessoas que precisam de nosso carinho e empenho precisam ser poupadas e também certos assuntos os quais sabemos que vão nos fazer perder as estribeiras. Assim, você terá condições de se conter e não "explodirá" nem vai destratar as pessoas queridas ou que trabalham com você. Pois, não é o mundo que está ruim, mas apenas o seu estado emocional, para não dizer "hormonal".

Se ficamos pouco misericordiosas e superativas, vamos agendar todas as pessoas e situações para as quais já demos todas as chances possíveis e imagináveis e que o tempo não nos permite mais deixar para depois. Resolva tudo com atenção e cuidado, sem exagerar nas palavras, pois o seu próprio jeito nesse período já é medida suficiente. Resolver as pendências antigas e assuntos enrolados nos dará ânimo e ficaremos felizes porque os resolvemos e o melhor: sendo apenas mais ativas e coerentes com o tempo e o momento.

Nesse tempo, muitas de nós, ficamos desprendidas (não suportamos ver coisa velha ou entulhada a nossa frente) ou mesmo práticas, é uma oportunidade excelente para dar fim a coisas guardadas há anos: essa é a hora de fazer uma boa faxina em armários, guarda-roupas, escritório, gavetas, etc. Será tão rápido e fácil que você ficará satisfeita ao ver como foi eficiente e tudo ficou ótimo.

Trabalhando pouco a pouco nas situações enumeradas e no nosso temperamento perceberemos que é possível mudar as nossas reações ou mesmo usá-las em favor de diversas situações. Portanto, se o caso é dar a “César o que é de César”, passe a dar aos seus hormônios o que eles precisam nesse tempo: gavetas para limpar, coisas práticas, situações que precisavam de solução e tudo o que não precisa de paciência e caridade.

Junte a tudo isso uma boa dose de alegria e fé para pôr fora todo o negativismo, próprio desse período. Assim teremos tempos de TPM bem mais agradáveis e produtivos. Não se vence todas as batalhas de uma só vez, mas tomando consciência, rezando, pedindo ajuda àqueles que nos são mais próximos, certamente conseguiremos êxito em muitas situações e seremos mais felizes na TPM.

A ira

Formações

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O mundo nos ensina a revidar; Jesus, por outro lado, a mansidão

A maior lição que Jesus nos ensinou foi a de “amar o nosso inimigo” (cf. Mateus 5, 4 4 ). O mundo ensina que é preciso revidar, “não levar desaforo para casa”, ir à revanche, e assim por diante. Jesus, por outro lado, ensina a mansidão; isto é, “não pagar o mal com o mal”, mas com o bem. O segredo cristão para destruir a força do inimigo não é a vingança, mas o perdão.

O Senhor ensina que aí está um dos pontos da perfeição cristã. Ele quer que sejamos “perfeitos como o Pai celeste é perfeito”, que manda a chuva e o sol para os bons e para os maus (cf. Mateus 5,48). Ele morreu na cruz dolorosamente, dando o maior exemplo do que é perdoar. “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23,31). Cristo explica a razão desta exigência tão difícil: “Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos?” (Mateus 5,46-47).

Perdoar aquele que nos ofendeu é uma “prova de fogo” para verificar se de fato você é cristão.

É claro que não é fácil perdoar aquela pessoa que o magoou, aquele “amigo” que o traiu, aquele assassino do seu filho ou aquela mulher que seduziu seu marido. Se fosse fácil não teríamos mérito algum. E é preciso dizer que por nossas próprias forças não o conseguiremos [perdoar].

É preciso a “força do alto” para vencer a fraqueza da nossa natureza ferida e que clama por vingança. Santo Agostinho ensina-nos que “o que é impossível à natureza, é possível à graça”.

A única exigência que Deus nos impõe para perdoar os nossos pecados, quaisquer que sejam, é que estejamos dispostos a perdoar a todos os que nos ofenderam. “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará” (Mateus 6,14 -15) . E no “Pai-Nosso”, Jesus acrescenta: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam”(cf. Mateus 6,12).

O ódio e o desejo de vingança são armas do demônio para destruir a boa convivência dos filhos de Deus; por isso São Paulo ensina: “Não deis ocasião ao demônio; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4, 26-27).

sábado, 2 de maio de 2009

O que é namorar?

O namoro é dinâmico como a própria vida das pessoa

Hoje a liberdade é enorme quando se fala desse assunto, o que , aliás, torna-se ocasião para muitos desvirtuamentos em termos de namoro. Coisas que para a geração anterior era impensável, hoje tornou-se tão comum entre os jovens; por exemplo, viajar juntos sem os pais; dormirem na mesma casa, etc. Se por um lado esta liberação pode até facilitar a maturidade dos jovens namorados, não há como negar que é uma oportunidade imensa para que o relacionamento deles ultrapasse os limites de namorados e precipite a vida sexual.

Lamentavelmente tornou-se comum entre os casais de namorados a vida sexual, inadequada nesta fase. O namoro, como já mostramos, é o tempo de conhecer o outro, escolher o parceiro com quem a vida será vivida até a morte, e é o tempo de crescimento a dois. Tudo isto será vivido através de um diálogo rico dos dois, pelo qual cada um vai se revelando ao outro, trocando as suas experiências e as suas riquezas interiores, e assim, começa a construção recíproca de cada um, o que continuará após o casamento.

O namoro é acima de tudo o encontro de duas pessoas, capazes de pensar, refletir, cantar, sonhar, sorrir, e chorar. O mar é belo e imenso, mas não sabe disso; a terra é bela e rica, mas não sabe disso; o pássaro é belo e não sabe disso. Você é bela, inteligente, livre, dotada de vontade e de consciência; e você sabe disso. Você não é um objeto; é uma pessoa, um ser espiritual e psíquico. O namoro implica no reconhecimento da “ pessoa” do outro , a sua aceitação e comunicação com ela. É diferente de conhecer uma pessoa e conhecer um objeto.

O objeto é frio, a pessoa é um “ mistério”, não pode ser entendida só pela inteligência, pois a sua realidade interior é muito mais rica do que a idéia que fazemos dela pelas aparências. Você só poderá conhecer a pessoa pelo coração e pela revelação que ela faz de si mesma a você. No objeto vale a quantidade, o peso, o tamanho; a forma, o gosto; na pessoa vale a qualidade. O objeto é um problema a ser resolvido, a pessoa é um mistério a ser revelado e compreendido. Saiba que você está diante de uma pessoa que é única, insubstituível, original, distinta de todos os outros...

Alguém já disse que cada pessoa é “ uma palavra de Deus que não se repete”. Não fomos feitos numa fôrma. No namoro você terá que respeitar essa “ individualidade” do outro, para não sufocá-lo. Muitas crises surgem porque ambos não se respeitam como pessoas e únicas. É por isso que as comparações e os padrões rígidos podem ser prejudiciais. Você não pode querer que sua namorada seja igual aquela moça que você conhece e admira; o seu namorado não tem que ser igual ao seu pai... Cada um é um.

A liberdade é uma condição essencial da pessoa. Sem liberdade não há pessoa.

É no encontro com o outro que a pessoa se realiza; e aqui é que está a beleza do namoro vivido corretamente. Ele leva você a abrir-se ao outro. A partir daí você deixa de ser criança e começa a tornar-se adulto; porque já não olha só para si mesmo.

O namoro é esse tempo bonito de inter-comunicação entre duas almas. Mas toda revelação implica num comprometimento de ambos e num engajamento de vidas.

“ Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, disse o Pequeno Príncipe. Você se torna responsável por aquele que se revela a você do mais íntimo do seu ser. Cuidado, portanto, para não “coisificar” a sua namorada. Às vezes a coisificação do outro se torna até meio inconsciente hoje. Ela acontece, por exemplo, quando o noivo proíbe a noiva de usar batom, ou a proíbe de cortar os cabelos.

O marido “coisifica” a esposa quando a obriga a Ter uma relação sexual com ele, quando não a permite participar das “suas” decisões financeiras; quando a proíbe de Ter alguma atividade na Igreja, etc. O namorado “ coisifica” a namorada quando faz chantagens emocionais com ela para conseguir o que quer. A namorada “ coisifica” o namorado quando o sufoca fazendo-o ficar o tempo todo com ela do seu lado, sem que o rapaz possa fazer outros programas com os amigos. O pai “coisifica” o filho quando o submete a si com se fosse um escravo... Não faça do outro um objeto, e não deixe que o relacionamento de vocês se torne uma “dominação do outro”, mas um “encontro” entre ambos.